Enquanto Maquiavel via a ameaça da violência como uma ferramenta política do soberano, Thomas Hobbes (1588-1676) sustentava que a associação humana era resultante do temor individual à violência, sendo esta uma característica do estado natural.
Para Hobbes, o direito ilimitado de cada indivíduo a saciar os seus desejos gera a “guerra de todos contra todos”, a violência generalizada, sendo esta a “condição natural da humanidade”.
O medo da morte violenta, que Hobbes considerava o pior dos males, faz com que os indivíduos suspendam as hostilidades individuais e estabeleçam um pacto social. Então, a unidade do corpo político ocorre pela renúncia dos indivíduos aos seus direitos ilimitados, tendo como objetivo a estabilização das expectativas e paz social que será arbitrada por um soberano – que pode ser um indivíduo ou uma assembleia - com poderes absolutos.
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